Paixões
JORGE MAIA
Bruno Paixão errou e prejudicou o FC Porto no jogo da Supertaça. Não viu a bola ser desviada pelo braço de Tonel na área do Sporting, deixando passar em claro uma grande penalidade que poderia ter colocado o campeão nacional em vantagem no marcador. Pior do que isso, até porque o lance da grande penalidade foi suficientemente rápido para lhe valer o benefício da dúvida, resolveu parar o jogo para permitir a assistência a Derlei com uma precisão quase cirúrgica, senão vejam: não parou o jogo quando o jogador se magoou num choque com o companheiro Romagnoli durante um ataque do Sporting; não parou o jogo enquanto a bola esteve na posse de Liedson que nunca mostrou vontade de a colocar fora de campo para o companheiro ser assistido; nem sequer parou o jogo quando o FC Porto lançou o contra-ataque, mas Adriano estava em desvantagem entre Polga e Abel. Parou-o apenas quando Adriano ficou em vantagem no lance e em situação privilegiada para alvejar a baliza de Stojkovic. Um decisão incompreensível e a destempo com prejuízo claro para os portistas. Mas não foi por causa do árbitro que o FC Porto perdeu o jogo. A verdade é que apesar das duas bolas desviadas nos postes da baliza do Sporting, o campeão nacional se satisfez durante demasiado tempo em manter o adversário controlado. Com Raul Meireles colado a João Moutinho e Lisandro amarrado a Miguel Veloso, o FC Porto manteve o lonsago de Paulo Bento controlado, mas perdeu iniciativa ofensiva, deixando Quaresma e Adriano entregues à sua sorte entre os defesas sportinguistas e limitando-se a reagir às incidências do jogo, sem nunca ser capaz de o definir. Uma postura a rever. Com urgência.
In oJogo
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